Em Florianópolis, robôs são desenvolvidos para agilizar trabalho do judiciário
Sistemas permitem pesquisas e até execuções de ordens de sentenças. Fator de substituição de postos de trabalho é questionado.
O objetivo é dar agilidade à Justiça: com base em perguntas e respostas, o sistema consegue executar uma ordem de bloqueio de conta no site do Banco Central . A tecnologia chamada Léia, em homenagem à princesa, agora general, dos filmes “Guerra nas Estrelas”, foi criada por uma empresa de Florianópolis para ser uma ferramenta de ajuda aos juízes.
O uso da inteligência artificial no judiciário está em discussão em Santa Catarina, com questionamentos como se os sistemas poderão substituir o trabalho humano.
“Mais para frente, a gente percebe que o caminho natural é a adoção dessas tecnologias, o uso de inteligência de dados, inteligência artificial. Para ajudar a automatizar o trabalho, a pesquisa, a estruturação de documentos”, diz o juiz Luis Felipe Canever, membro do Conselho Gestor de Tecnologia da Informação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC),
A tecnologia poderia, por exemplo, fazer uma pesquisa de decisões semelhantes para ajudar o juiz em um processo. “O sistema inteligente consegue ler uma petição e extrair elementos para o que o juiz possa julgar. O juiz consegue orientar o sistema: ‘se tiver essas condições, a minha decisão será nesse sentido’. [O sistema] Vai reproduzindo as decisões do juiz de forma inteligente – faz a leitura, identifica as normas, argumentos e pedidos em relação a todos os casos”, explica Paulo Roberto Froes Toniazzo, diretor-administrativo do Instituto de Estudos Multidisciplinares, que faz estudos na área de tecnologia. Ele também é pesquisador na área de soluções para o judicionário.
“O sistema pode apontar o sentido, o juiz segue esse entendimento ou não. Esse processo hoje é feito por assessores ou estagiários”, diz Toniazzo.
Fonte G1