Inteligência Artificial desenvolvida pelo Facebook vence jogadores profissionais de pôquer

De tempos em tempos, um computador bate um grande campeão humano em algum jogo e o mundo fica assombrado. Já foi assim no xadrez e no Go, por exemplo, além de umas partidas inacreditáveis em que fui derrotado pelo Super Nintendo no International Superstar Soccer – embora essas últimas não tenham alcançado destaque na mídia.
Nesta semana, porém, a <science.sciencemag.org/content/early/2019/07/10/science.aay2400> Pluribus, uma Inteligência Artificial desenvolvida pelo Facebook e pela Carnegie Mellon University, bateu 12 jogadores profissionais de pôquer. E foi na modalidade mais popular do jogo: o no-limit Texas Hold’em. Se você não se impressionou, pense no seguinte: para vencer nesse jogo, é preciso aprender a blefar.

Pois é. Lembre-se, também, que no xadrez e no Go as peças ficam expostas para que o computador avalie suas jogadas, além do adversário ser único. Já no pôquer, são múltiplos adversários que escondem suas cartas. Tudo isso torna muito mais difícil a avaliação da máquina para tomar decisões. Ou não, pelo jeito.
Os jogadores profissionais foram mesmo surpreendidos pela capacidade de blefar da Pluribus. De acordo com os pesquisadores que a criaram, nós temos a tendência de crer que o blefe é algo inerentemente humano. A Inteligência Artificial., por sua vez, encara-o como uma forma matematicamente otimizada de vencer cada mão. E vence.
Os pesquisadores ainda dizem que suas descobertas podem ser úteis em várias situações, já que o pôquer emula, por exemplo, negociações com grupos de pessoas e informação escondida. Eles apontam a navegabilidade de carros sem motorista como um campo que pode se beneficiar dos aprendizados da Pluribus!

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